Escrevo este email em jeito de desabafo, como tal perdoem-me a escrita nada formal que usarei para descrever uma situação que me desagradou muito.
Tendo me deslocado ao vosso hipermercado Continente situado no CC Vasco da Gama no início desta semana para efectuar algumas compras de última hora, fico espantado com as nacionalidades das frutas que apresentavam para venda. Diria que nessa secção, não deveriam ultrapassar os 5% as que eram de produção nacional! Não me move questões nacionalistas nem coisa do género. Apenas um dever que considero cívico.
Esta situação pôs-me a pensar... Tendo o grupo Modelo-Continente uma imagem caracterizada como orgulhosa das suas origens, com elevada preocupação social, questiono-me qual a razão de preferirem importar as frutas? Cheguei a três hipóteses que considero possíveis:
- O preço junto do fornecedor
- Escassez de produção nacional
- Um misto de ambos
Caso seja a primeira hipótese, tendo em conta os tempos que vivemos em que todos devemos fazer o máximo que podemos pelo país, vocês limitam as vossas preocupações a maximizar os lucros do vosso grupo? Será que a imagem de empresa nacional e preocupada com o futuro de todos nós é apenas assente em publicidade? Falo por mim, mas não me importaria de pagar um valor ligeiramente superior sabendo que esse dinheiro ficaria em Portugal. Penso que não serei o único a pensar assim e, com uma campanha suficientemente clara, não seria o último a ser convencido da vantagem para todos nós dessa decisão. Falo por mim mas preferia "alimentar" a economia nacional desta forma ao invés de aumentos de impostos cegos...
Caso seja a segunda é triste ver que, infelizmente e sejam quais forem as razões, não produzimos o suficiente para nos alimentarmos... Só não explica porque é que ontem o hipermercado Jumbo no Dolce Vita Tejo apresentava um rácio bastante mais favorável para os produtores portugueses.
Preocupa-me esta situação das frutas possa se passar com outros tipos de produto nos vossos hipermercados.
Lamento imenso mas a partir de agora pensarei duas vezes antes de fazer compras nos vossos estabelecimentos. Nada de move contra vocês, mas havendo tanta concorrência, o grupo Modelo-Continente passará a não ser a escolha óbvia.
Com os melhores cumprimentos,
André Rodrigues
PS: agradeço a atenção a quem se dignar a ler este email e, agradeço ainda mais, a quem se dignar responder."
Pergunto: eram capazes de comprar ligeiramente mais caro produtos portugueses sabendo que esse dinheiro ajudaria os produtores nacionais?
Eu comprava. Aliás deixei de ir tantas vezes ao Modelo e ao Continente por motivos semelhates. Passei a ir mais vezes ao mini-mercado perto de casa e ao mercado, que são comercio tradicional.O "tio Belmiro" já tem dinheiro que chegue.
ResponderEliminarcmpts
Tenho quase a certeza que respondem.
ResponderEliminarA mim responderam a uma queixa semelhante e mais, durante uns tempos, de vez em quando, contactavam comigo para saberem se tudo estava bem.
Abracinho
Ana Maria: passar a comprar este tipo de produtos no mercado é uma das soluções que ponho em consideração. No entanto, quando se chega a casa as 18:30, ter um supermercado perto para se poder fazer compras rápidas antes do jantar é uma vantagem. Pena para mim é que o mais perto é mesmo o Continente do Vasco da Gama. Além do problema exposto por mim, reparo que tem sempre demasiada gente às compras para o número de caixas. E não gosto nada de estar em filas quando o que mais quero é chegar a casa e descansar. :x
ResponderEliminarmaria teresa: vou esperar então pela resposta. Se responderem darei o devido feedback no blog. :)
Da minha parte ja sabes bem que sim:) Quando me levas ao mercado dos Olivais?:P*
ResponderEliminarFun fact:
ResponderEliminarhttp://economico.sapo.pt/noticias/portugal-e-o-campeao-europeu-das-mercearias_94288.html
*
Acho que todos não se importariam de pagar um preço mais elevado para ajudar não só os produtores portugueses, como também para ajudar o país a crescer. É por essas razões (importação de produtos) que estamos na situação em que estamos, fazemos com que as economias de outros países comecem a mostrar um aumento positivo e fazemos com que a nossa esteja cada vez mais à beira da bancarrota.
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